Recuperação e vida após a cirurgia torácica
Postado em: 03/07/2023
Hoje uma das preocupações de quem vai fazer uma cirurgia na região do tórax é o pós-operatório. Por isso, saber o que fazer para reduzir o tempo de recuperação da cirurgia torácica traz mais confiança e tranquilidade ao paciente que precisa deste procedimento.
As cirurgias torácicas são realizadas por diferentes motivos. Cada especificidade, seja do paciente ou da doença, são fatores relevantes para definir qual é o tempo de recuperação e qual tipo de procedimento que deve ser realizado.
Um exemplo disso são as cirurgias que utilizam técnicas minimamente invasivas, como a videotoracoscopia. Nestes casos, um dos principais benefícios é a redução no período pós-cirúrgico.
No entanto, é importante reforçar que existem diferentes elementos que impactam diretamente no pós-operatório e, consequentemente, na retomada das atividades rotineiras pelo paciente.
Continue acompanhando o texto e tire as suas dúvidas sobre o tempo de recuperação da cirurgia torácica.
Cirurgia torácica: o que influencia no pós-operatório?
A cirurgia torácica é uma especialidade médica que cuida de toda a região do tórax e do sistema respiratório. Isso inclui os pulmões, parede torácica, traqueia, brônquios, pleura, mediastino e esôfago.
Esse procedimento pode ser realizado por métodos tradicionais ou minimamente invasivos. Em ambos os casos, não há conformidade para definir o tempo exato de recuperação. O que há são elementos que ajudam o paciente a ter um processo mais rápido e saudável.
Outros fatores que impactam diretamente no pós-operatório são a condição médica do paciente e como ele responde ao processo cirúrgico.
O que fazer durante o pós-operatório?
Os cuidados na recuperação do paciente se iniciam logo após a finalização da cirurgia. Antes de ir para o quarto, é preciso ficar de duas a quatro horas na sala de recuperação pós-anestésica, no centro cirúrgico.
Isso acontece para que a dor esteja mais controlada, e também para que o paciente esteja mais acordado antes de ser transferido. Em casos de cirurgias mais longas, o paciente é encaminhado para a UTI.
O ideal é que o paciente saia da cama o mais breve possível após a cirurgia, no período entre seis e 18 horas. A alta hospitalar é a próxima etapa da recuperação. Em geral, cerca de 30% dos pacientes podem ir para casa já no segundo dia após a cirurgia; 60% recebe alta entre o terceiro e sexto dia. E apenas 10% podem ter uma internação mais prolongada.
Durante o pós-operatório em casa é preciso tomar alguns cuidados para que a recuperação seja mais eficiente.
Medicamentos e curativos
Alguns pacientes podem experimentar dores durante a recuperação. Para isso, o médico irá prescrever medicamentos que irão ajudar a amenizar o desconforto. Além disso, os curativos precisam ter uma atenção especial.
Eles devem permanecer cobrindo as incisões por dois dias. Após a remoção, é preciso lavar bem o local com água e sabão. Se a ferida estiver bem fechada, não é necessário fazer novos curativos. Caso contrário, mantenha a região coberta com gaze ou micropore, siga sempre a orientação médica.
Dor abdominal
A constipação é um sintoma comum durante a recuperação cirúrgica. Isso acontece, principalmente, devido ao uso de medicamentos e a imobilidade nos primeiros dias de pós-operatório.
De modo geral, a alteração intestinal pode durar até sete dias. Durante esse período, além dos medicamentos prescritos, é indicado manter-se bem hidratado, consumo de frutas e verduras e, se necessário, o uso de algum laxativo.
Alimentação
Não há restrições alimentares após a alta hospitalar. O recomendado é que se evite o consumo de bebidas alcoólicas enquanto estiver tomando as medicações indicadas.
Ter um cardápio balanceado e nutritivo ajuda a melhorar o tempo de recuperação de qualquer procedimento cirúrgico, inclusive da cirurgia torácica.
Atividade física e viagens
A maioria dos pacientes consegue retomar suas atividades cotidianas entre sete e dez dias após a saída do hospital. Esse tempo depende muito da dor e/ou outras complicações que possam eventualmente acontecer.
Entre as atividades liberadas gradativamente estão:
- Caminhar: iniciar caminhadas no mesmo dia da alta, respeitando seus limites.
- Retorno ao trabalho e dirigir: será discutido na consulta de revisão, com seu médico.
- Exercício físico: programar retorno para 30-60 dias.
Já para as viagens, o recomendado é que elas aconteçam apenas após sete dias. Esse é o período ideal para garantir a redução de complicações pós-operatórias.
No caso de atividades mais pesadas, normalmente, elas só podem ser retomadas um mês após a cirurgia.
Além dos cuidados mencionados, é importante ficar atento a alguns sintomas que possam indicar possíveis complicações, tais como:
- Febre, temperatura axilar maior que 37,5 °C.
- Dor intensa que não melhora com os medicamentos prescritos.
- Vermelhidão na ferida operatória.
- Vazamento de secreção purulenta pela ferida cirúrgica.
- Falta de ar.
- Fraqueza intensa associada a falta de apetite.
Ao perceber uma ou mais dessas manifestações, entre em contato imediatamente com o seu médico.
Agende uma consulta com o renomado cirurgião torácico, Dr. Caio Sterse, e obtenha o cuidado especializado que você merece. Não adie mais sua saúde, marque sua consulta e dê o primeiro passo em direção à sua recuperação.
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