O impacto da cirurgia torácica na Gestão de Doenças Crônicas como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

Postado em: 08/12/2023

A Gestão de Doenças Crônicas na área da Cirurgia Torácica constitui um desafio significativo devido à natureza complexa e muitas vezes progressiva dessas condições. Doenças crônicas como o câncer de pulmão, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, fibrose cística, entre outras, requerem uma abordagem multidisciplinar e de longo prazo para tratamento e acompanhamento.

O impacto da cirurgia torácica na Gestão de Doenças Crônicas como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

A Cirurgia Torácica desempenha um papel crucial na “gestão de doenças crônicas”, seja por meio de procedimentos cirúrgicos diretos, como ressecções pulmonares, tratamento de tumores mediastinais ou cirurgias para complicações de doenças crônicas, ou na coordenação integrada de cuidados para otimizar a qualidade de vida dos pacientes, prevenir complicações e promover estratégias de manejo integrada. 

A abordagem eficaz na gestão de doenças crônicas em Cirurgia Torácica inclui o uso de terapias cirúrgicas e não cirúrgicas, bem como estratégias de prevenção e cuidados contínuos para melhorar a sobrevida e o bem-estar dos pacientes a longo prazo. Saiba mais!

Como a Cirurgia Torácica contribui na Gestão de Doenças Crônicas como a asma?

A Cirurgia Torácica desempenha um papel limitado no tratamento da asma em comparação com outras especialidades médicas, já que a asma é uma doença crônica predominantemente tratada por meio de terapias médicas, como medicamentos broncodilatadores, corticosteroides inalatórios e medidas de controle ambiental. No entanto, em alguns casos específicos e raros, procedimentos cirúrgicos podem ser considerados como uma opção complementar ou alternativa em pacientes com asma grave e de difícil controle.

Um exemplo é a broncoplastia por radiofrequência, um procedimento minimamente invasivo em que a energia de radiofrequência é aplicada nas vias aéreas para diminuir o músculo liso e reduzir a hiperresponsividade brônquica. Esse procedimento busca ampliar as vias aéreas, melhorando o fluxo de ar e, consequentemente, os sintomas da asma em alguns pacientes selecionados.

Além disso, em casos muito raros, a cirurgia torácica pode ser indicada para tratar complicações graves ou condições associadas à asma, como pneumotórax espontâneo recorrente (quando ocorre colapso do pulmão devido a bolhas de ar nos pulmões) ou complicações que requerem ressecção de áreas danificadas dos pulmões.

No entanto, é fundamental destacar que a cirurgia torácica desempenha um papel limitado no tratamento convencional da asma. O gerenciamento principal dessa condição é realizado por meio de estratégias médicas, educação do paciente, controle ambiental e medidas de prevenção, além do acompanhamento regular por um especialista em pneumologia ou alergologia. A Cirurgia Torácica, nesses casos, é uma opção considerada em situações extremamente específicas e após uma avaliação detalhada do paciente por uma equipe médica multidisciplinar.

Qual o Impacto da Cirurgia Torácica no tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica?

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma condição progressiva caracterizada por obstrução crônica das vias aéreas, incluindo bronquite crônica e enfisema pulmonar. A Cirurgia Torácica pode desempenhar um papel importante no tratamento da DPOC em casos selecionados e específicos. Embora o tratamento principal da DPOC geralmente envolva terapias medicamentosas, reabilitação pulmonar e mudanças no estilo de vida, a cirurgia torácica pode ser considerada em alguns cenários:

  • Redução do volume pulmonar: A cirurgia de redução do volume pulmonar é um procedimento em que partes dos pulmões são removidas para reduzir a hiperinsuflação dos pulmões, melhorar a função respiratória e facilitar a respiração. Essa técnica é mais frequentemente aplicada em pacientes com enfisema grave que apresentam hiperinsuflação pulmonar significativa, apesar do tratamento médico otimizado.
  • Transplante pulmonar: Em estágios avançados da DPOC, quando o pulmão está muito danificado e a função pulmonar é gravemente comprometida, o transplante pulmonar pode ser uma opção considerada para melhorar a qualidade de vida e a sobrevida. O transplante pulmonar é uma cirurgia complexa realizada em centros especializados e pode ser uma alternativa para pacientes selecionados com DPOC avançada.

No entanto, é crucial ressaltar que esses procedimentos cirúrgicos são aplicáveis apenas a um número limitado de pacientes com DPOC avançada e que atendem a critérios específicos. A maioria dos pacientes com DPOC é tratada com medidas médicas, incluindo uso de broncodilatadores, corticosteroides inalatórios, terapia de oxigênio, reabilitação pulmonar e estratégias de manejo para melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da doença. A Cirurgia Torácica, nesses casos, é uma opção considerada em situações específicas e após avaliação criteriosa por uma equipe médica multidisciplinar.

A gestão de doenças crônicas em Cirurgia Torácica requer uma abordagem multidisciplinar, considerando as complexidades das condições pulmonares e torácicas crônicas. Embora a maioria das doenças crônicas na área torácica seja tratada principalmente por meio de terapias médicas, a Cirurgia Torácica desempenha um papel vital em situações específicas e em pacientes selecionados. Procedimentos cirúrgicos como redução do volume pulmonar em enfisema grave ou transplante pulmonar em estágios avançados da DPOC são exemplos de intervenções cirúrgicas que podem ser consideradas para melhorar a qualidade de vida e a sobrevida em casos específicos. No entanto, é crucial ressaltar que a abordagem principal na GESTÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS na área torácica geralmente envolve estratégias médicas, reabilitação pulmonar, controle de sintomas e acompanhamento regular.

A Cirurgia Torácica, quando indicada, oferece alternativas importantes para casos selecionados e complementa os esforços no cuidado abrangente e individualizado dos pacientes com doenças torácicas crônicas. O foco contínuo na pesquisa, inovação e colaboração entre especialistas é essencial para avançar no tratamento e no manejo dessas condições desafiadoras.

O Dr. Caio Sterse é cirurgião torácico e realiza o suporte e acompanhamento na Gestão de Doenças Crônicas torácicas. Entre em contato e agende sua consulta!

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