Cirurgião torácico e o tratamento do câncer de pulmão
Postado em: 08/05/2023
O Câncer de Pulmão é o tumor maligno que mais mata homens e mulheres no mundo todo. A maioria destes tumores é do tipo células não pequenas (85% dos casos), sendo o mais comum o adenocarcinoma. Estes tumores estão, em cerca de 80% dos casos, relacionados ao tabagismo. Os outros 15% das neoplasias pulmonares correspondem aos chamados tumores de pequenas células, com quase 100% dos casos acometendo tabagistas ativos.
A característica principal do câncer do pulmão é o desenvolvimento de metástases, já que os pulmões são órgãos ricamente vascularizados tanto pelos vasos sanguíneos quanto linfáticos.
Assim, quanto menor for o tumor no pulmão, maiores são as chances de cura do paciente. As probabilidades de metástases terem se desenvolvido são baixas.
Nesta fase de tumores pequenos, a quase totalidade dos pacientes não possui sintomas. Geralmente, os sinais do câncer de pulmão aparecem apenas quando a doença já está avançada, especialmente após os 60 anos. Por isso, a minoria dos casos é diagnosticada em fase inicial.
Deste modo, a detecção ocorre inicialmente em exames de imagem. Consulte seu médico para saber mais sobre o rastreamento do câncer de pulmão, que é a realização de exames para determinar a existência da doença em pessoas assintomáticas. Existem vários estudos comprovando a redução da mortalidade por tumor no pulmão com programas de rastreamento em populações de risco: tabagistas ou ex-tabagistas.
Apesar de ser uma enfermidade grave e agressiva, atualmente há muitos recursos para tratar o câncer de pulmão. Continue a leitura e saiba mais!
Sintomas
Os cânceres de pulmão não costumam provocar quaisquer alterações até que se encontrem em estágio avançado. Os sinais e sintomas mais frequentes deste tipo de tumor são:
- Tosse persistente ou com sangue;
- Dor no peito;
- Rouquidão;
- Falta de ar;
- Perda de apetite e de peso inexplicável;
- Infecções respiratórias de repetição;
- Fraqueza ou cansaço;
Quando a doença já se disseminou para outros órgãos pode provocar:
- Dor óssea;
- Alterações no sistema nervoso;
- Icterícia (cor amarelada de mucosas e pele);
- Nódulos próximos à superfície do corpo.
Fatores de risco
Vale lembrar que os fatores de risco aumentam a chance de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter tumor no pulmão.
- Fumo é o principal fator de risco para o câncer de pulmão e vários outros, como boca, garganta, faringe, laringe, estômago, fígado, pâncreas e leucemias, sendo responsável por 30% das mortes por câncer. A chance de um fumante desenvolver neoplasia pulmonar é de 20 a 60 vezes maior que o risco de um não fumante. Por outro lado, as pessoas que param de fumar reduzem o risco de desenvolver câncer;
- Histórico familiar de câncer de pulmão;
- Exposição a substâncias como radônio, arsênico, cromo, níquel e amianto;
- Radioterapia anterior na região do tórax;
- Poluição do ar;
- Doenças pulmonares.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do câncer do pulmão inclui biópsia com agulha guiada por tomografia computadorizada, endoscopia respiratória (broncoscopia), ou no momento da cirurgia, que pode se prestar a análise ou tratamento.
Antes do tratamento, o médico solicita ainda exames de estadiamento (avaliação da extensão da doença), que correspondem ao PET-CT e à ressonância magnética do crânio. Se houver suspeita de doença fora do pulmão, em geral, o médico solicita uma nova biópsia para confirmar se a patologia está espalhada ou não.
Como é o tratamento do câncer de pulmão?
Cirurgia: pacientes na fase inicial da doença, ou seja, com tumores restritos ao pulmão, o tratamento é feito com cirurgia de remoção do lobo pulmonar acometido, sempre com retirada de linfonodos. Este tipo de tratamento é feito, na grande maioria dos casos, de modo minimamente invasivo (cirurgia por videotoracoscopia ou robótica).
Nos tumores menores do que 2,0 cm, a retirada do tumor com uma porção menor do pulmão (segmento/segmentectomia) oferece os mesmos resultados de cura do que a cirurgia de retirada de um lobo (lobectomia).
Radioterapia e quimioterapia: nos casos em que o paciente não apresenta condições clínicas para cirurgia (comorbidades), pode ser indicada a radioterapia. Nas pessoas em que os linfonodos comprometidos são detectados antes ou depois do tratamento principal (cirurgia), devem ser adicionadas sessões de quimioterapia.
Terapia-alvo: para pacientes cujas células cancerígenas têm mutações no gene EGFR, o tratamento adjuvante com a terapia-alvo osimertinibe, também, pode ser uma opção em algum momento.
Imunoterapia: novos medicamentos imunoterápicos podem ajudar o sistema imunológico a combater o tumor.
Terapia de manutenção: para pacientes com câncer de pulmão avançado que recebem quimioterapia, geralmente são administradas combinações de dois medicamentos (às vezes, junto com uma terapia-alvo) por quatro a seis ciclos. O tratamento de quatro a seis ciclos com um único medicamento, como pemetrexede ou com uma terapia-alvo, pode aumentar a sobrevida do paciente. Isso é denominado terapia de manutenção.
Como um cirurgião torácico altamente experiente, o Dr. Caio Sterse entende a importância de um tratamento individualizado e abordagem multidisciplinar para o câncer de pulmão. Ele se dedica a oferecer o melhor atendimento possível aos seus pacientes e está sempre atualizado com as últimas técnicas e tecnologias em cirurgia torácica. Agende sua consulta!
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