Os tratamentos mais comuns para o câncer de pulmão, incluindo cirurgia, radioterapia e quimioterapia
Postado em: 12/07/2023
O Câncer de Pulmão pode ter origem nas células que revestem os brônquios, bronquíolos e alvéolos. Ele se desenvolve a partir do crescimento desordenado das células provocando o aparecimento de um tumor que tem a capacidade de se disseminar para outras partes do corpo (metástase).
Geralmente, o diagnóstico ocorre em pessoas com mais de 50 anos, sendo mais comum entre os 60 e 70 anos. Embora tenha sido predominantemente uma doença masculina no passado, nas últimas décadas tem havido um aumento progressivo de casos entre as mulheres, enquanto entre os homens há uma tendência de queda no número de ocorrências.
O câncer de pulmão é classificado de acordo com o tipo de células presentes no tumor, e cada tipo de câncer tem seu próprio desenvolvimento e tratamento distintos. Os principais tipos são o câncer de células não pequenas, que é o mais prevalente, e o câncer de células pequenas. Cada um desses tipos exige abordagens terapêuticas específicas para melhor combater a doença.
Sintomas
Nas fases iniciais, o câncer de pulmão costuma ser silencioso, sem apresentar qualquer sintoma. Em geral, esses casos só costumam ser diagnosticados eventualmente num exame realizado por outros problemas de saúde ou num programa de rastreamento (check-up).
Quando a doença progride, os sinais começam a se manifestar, especialmente em indivíduos fumantes ou ex-fumantes. Os principais são:
- Tosse com ou sem catarro com sangue;
- Falta de ar, chiado no peito ou rouquidão;
- Dor no tórax ao respirar;
- Crises repetidas de bronquite ou pneumonia;
- Perda de apetite ou de peso inexplicável.
Esses sintomas são frequentemente associados a várias outras condições, como pneumonia e demais problemas pulmonares. Mesmo em fumantes, eles podem ser relacionados a condições como bronquite crônica ou enfisema pulmonar, e não a câncer. Assim, se você perceber uma alteração nova, que não melhora espontaneamente, o ideal é procurar o seu médico para uma avaliação cuidadosa. Como você sabe, o diagnóstico correto é o primeiro passo para o tratamento adequado, qualquer que seja a doença. E, se o caso for câncer de pulmão, quanto mais precoce o diagnóstico, melhores as chances de sucesso no tratamento.
Tratamento
Os avanços no tratamento do câncer de pulmão têm progredido rapidamente, no entanto, é essencial contar com a análise cuidadosa de profissionais especializados para determinar a abordagem mais adequada para cada caso. Abaixo, apresentamos as opções de tratamento mais recomendadas.
Cirurgia
Atualmente, a cirurgia torácica videoassistida tem se destacado no tratamento de pequenos tumores pulmonares. Esse procedimento permite a remoção de partes do pulmão por meio de incisões menores, o que pode resultar em menor tempo de internação e menos desconforto para os pacientes. Pesquisadores estão explorando a possibilidade de aplicar essa técnica também em tumores pulmonares maiores. Numa nova abordagem denominada cirurgia robótica assistida, o cirurgião torácico senta em frente a um painel de controle, projetado especialmente, dentro da sala do procedimento para manobrar os instrumentos cirúrgicos usando braços robóticos. Essas técnicas cirúrgicas avançadas oferecem benefícios significativos aos pacientes em termos de recuperação e qualidade de vida.
Terapia-alvo
A avaliação molecular do câncer de pulmão se tornou etapa obrigatória para a indicação do tratamento mais adequado nos casos mais graves da doença. A descoberta de alterações genômicas ativadoras nas células tumorais e o desenvolvimento de medicamentos que atuam de modo seletivo nesses alvos permitem um tratamento personalizado: a terapia-alvo. Essa modalidade de tratamento, geralmente na forma de comprimidos administrados por via oral, tem a capacidade de interferir positivamente na história natural da doença, por ser altamente eficaz.
A avaliação molecular é realizada no material de biópsia feita anteriormente para confirmar o diagnóstico. Em alguns casos selecionados, pode ser realizada também pela análise de DNA de células tumorais circulantes no plasma (sangue) ou por biópsia líquida. Essas análises são feitas por laboratórios especializados.
No Brasil, várias terapias-alvo estão disponíveis para o tratamento de câncer de pulmão: erlotinibe, gefitinibe, afatinibe, osimertinibe, crizotinibe, alectinibe e dabrafenibe combinado com trametinibe.
Terapia de manutenção
Para pacientes com câncer de pulmão avançado que recebem quimioterapia, geralmente são administradas combinações de dois medicamentos (às vezes, junto com uma terapia-alvo) por quatro a seis ciclos. Alguns estudos mostraram que, com cânceres que não progrediram, continuar o tratamento além de quatro a seis ciclos com um único medicamento, como pemetrexede ou com uma terapia-alvo, pode aumentar a sobrevida. Isso é denominado terapia de manutenção. Uma possível desvantagem para esse tratamento contínuo é que os pacientes em caso de apresentar efeitos colaterais, não tem uma pausa para a recuperação. Atualmente, a terapia de manutenção é indicada com mais frequência, mas não é uma opção para pacientes cuja doença está fora de controle ou que têm outros problemas de saúde.
Imunoterapia
Com um mecanismo de ação inovador, a imunoterapia revolucionou o tratamento de vários tipos de câncer, dentre eles o de pulmão. Ao contrário da quimioterapia, que tem ação direta na destruição do tumor, a imunoterapia estimula o melhor funcionamento do sistema imunológico do paciente, para que ele próprio destrua e elimine as células tumorais.
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