Prevenção do tabagismo e detecção precoce do câncer de pulmão

Postado em: 15/05/2023

O Câncer de Pulmão é um dos mais incidentes do mundo, ocupando a primeira posição entre os homens e a terceira entre as mulheres. No Brasil, a doença foi responsável por 28.620 mortes em 2020. No fim do século 20, tornou-se uma das principais causas de morte evitáveis.

Isso porque o cigarro é, de longe, o maior fator de risco para a doença. Quem fuma pelo menos um maço de cigarro por dia tem até 25 vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão quando comparados com não fumantes. Genética, exposição a substâncias nocivas e até mesmo a poluição elevam o risco de contrair o tumor.

tabagismo

Ninguém fuma porque quer, geralmente há circunstâncias que levam o indivíduo a fumar. Constitui-se um vício químico, há alterações cerebrais que fazem com que as pessoas fiquem dependentes daquela substância. É uma enfermidade que precisa ser tratada com planos de ação, suporte psicológico e, por vezes, com medicamentos.

Em alguns casos, a vergonha que os pacientes tabagistas sentem, associada ao medo do preconceito, podem dificultar o diagnóstico precoce do câncer de pulmão. Se o paciente conta para o seu médico que é tabagista, já fica definido um risco maior de ter tumor no pulmão. Assim, o profissional pode incluir no check-up anual, por exemplo, exames complementares que favoreçam o diagnóstico da condição em fase assintomática ou no seu início.

Câncer de pulmão em fumantes

A relação entre o cigarro e o câncer de pulmão é conhecida pela Ciência desde a metade do século passado. Causado pela dependência à nicotina, o tabagismo está na origem de 90% dos casos de tumor no pulmão e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. Somente no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima mais de 28 mil novos casos de neoplasias pulmonares ao ano.

É certo que o tabaco causa danos ao corpo e, por outro lado, parar de fumar melhora a qualidade de vida. Por isso, independentemente da história familiar, é importante cuidar daquilo que depende de cada pessoa: hábitos melhores. Se não é possível conhecer em detalhes qual é o nível de predisposição para desenvolver câncer de pulmão, os pesquisadores têm certeza das vantagens de parar de fumar.

Os benefícios são quase imediatos. Após 12 horas a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor. Depois de dois dias, o olfato e o paladar ficam mais apurados. Após três semanas, já é possível perceber melhorias na respiração e na circulação. 

Diagnóstico precoce do câncer de pulmão

O exame de rastreamento que deve ser realizado nas pessoas classificadas como de alto risco (fumantes e ex-fumantes) é uma tomografia computadorizada de baixa dose de radiação.

É um tipo de tomografia que utiliza pouca radiação, mas que identifica lesões pulmonares que podem ser câncer. 

O objetivo do exame de rastreamento é identificar câncer de pulmão em estágios iniciais, que são curáveis, na grande maioria das vezes. Estudos já demonstraram que realizar tomografia de tórax de baixa dose em indivíduos reduz a chance de óbito por câncer de pulmão. 

Vale lembrar que os fumantes e os ex-fumantes devem procurar orientação médica para serem avaliados quanto à necessidade de realizar o exame de rastreamento. 

A interpretação do exame também é muito importante, pois a tomografia pode mostrar muitas alterações e o radiologista deve classificar estes achados conforme o risco de câncer. Além disso, exames adicionais podem ser necessários para a investigação diagnóstica de lesões pulmonares suspeitas.

As recomendações para o rastreamento do câncer de pulmão são para pessoas que atendam os seguintes critérios:

  • Ter idade entre 50 e 80 anos de idade, com bom estado geral de saúde;
  • Ser fumante ou não ter fumado nos últimos 15 anos;
  • Ter pelo menos histórico de tabagismo de 20 maços/ano (2 maços por dia por 10 anos);
  • Ter recebido informações sobre os possíveis benefícios e malefícios do rastreamento, bem como suas limitações.

Benefícios e possíveis riscos do rastreamento

A principal vantagem do rastreamento é a diminuição do risco de morte por câncer de pulmão. Ainda assim, é importante estar ciente de que, como com qualquer tipo de exame, nem todos os pacientes que preenchem os critérios de seleção serão beneficiados. 

Este tipo de rastreamento não diagnostica todos os tipos de tumor no pulmão e nem todos os tipos de câncer detectados serão diagnosticados precocemente.

Mesmo que um câncer de pulmão seja diagnosticado através do rastreamento, não significa que o paciente será vítima da doença. Além disso, esse estudo pode mostrar outras anomalias que não sejam câncer, mas que devem ser investigadas com outros exames. Isso pode significar a realização de mais tomografias ou mesmo de exames invasivos, como a biópsia pulmonar.

A prevenção é sempre o melhor tratamento. Entre em contato e marque uma consulta com o cirurgião torácico Dr. Caio Sterse e descubra como prevenir o tabagismo e detectar precocemente o câncer de pulmão.

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