Vida com hiperidrose: como gerenciar a sudorese excessiva

Postado em: 22/05/2023

A Hiperidrose é o suor excessivo, mais que o necessário para a função de regular a temperatura corporal, e costuma ser uma condição primária (não o sintoma de outra doença) e localizada em algumas partes do corpo.

Todo mundo sua, essa é uma reação saudável e natural, cuja função é refrescar o nosso corpo por meio de um processo chamado termorregulação. Funciona assim: diante da elevação da temperatura corporal – que pode ocorrer por vários fatores, como alta temperatura do ambiente, prática de atividade física, estresse, fortes emoções ou consumo de alimentos quentes ou picantes –, nosso cérebro manda sinais para mais de 3 milhões de glândulas sudoríparas para que liberem suor. E, à medida que ele evapora da pele, reduz e reequilibra a temperatura corporal. 

Algumas pessoas, no entanto, sofrem com a transpiração excessiva, ou seja, com a produção de suor além do necessário para equilibrar a temperatura do corpo. Mãos molhadas, costas pingando ou axilas encharcadas são os principais sintomas do distúrbio. 

hiperidrose

Dados recentes mostram que a hiperidrose afeta cerca de 3% da população e pode dificultar a realização de tarefas do dia a dia e causar constrangimento. E, para lidar com isso, a melhor saída é estar bem informado. Leia as dicas a seguir:

O que é a hiperidrose?

É um distúrbio que provoca suor excessivo, mesmo quando o indivíduo está em repouso. Isso acontece porque as glândulas sudoríparas são hiperativas.

Quais são as causas e os sintomas?

A hiperidrose pode decorrer de diferentes motivos, como fatores hereditários, questões emocionais ou doenças. Quem sofre com essa condição enfrenta a produção excessiva de suor em diversas regiões do corpo. Costumam apresentar aumento de transpiração nas axilas, palmas das mãos, pés, rosto, abaixo das mamas, couro cabeludo e virilha. Em alguns casos, o paciente pode suar demasiadamente pelo corpo todo. 

Tipos de hiperidrose:

Existem dois tipos principais da doença. Confira as características de cada uma delas:

Hiperidrose primária: aquela que não é causada por fatores internos ou externos conhecidos. Ela pode ser de origem emocional, e nesse caso os sintomas desaparecem durante o sono.

Hiperidrose secundária: é provocada por algumas doenças internas ou uso de determinados remédios. Quando o suor excessivo aparece em um local específico do corpo, como palma das mãos, pés ou couro cabeludo com muitas glândulas sudoríparas é considerada uma hiperidrose localizada. Há ainda a hiperidrose generalizada, que promove transpiração generalizada pelo corpo.

Problemas sociais, emocionais e profissionais

A hiperidrose, ou sudorese excessiva, pode causar problemas sociais, emocionais e profissionais para quem sofre com essa patologia. Nesse caso, realizar ações comuns como apertar a mão de alguém, fazer carinho ou simplesmente assinar papéis pode ser desagradável e gerar insegurança. 

Além disso, pode ser difícil encontrar roupas adequadas para esconder manchas de suor, o que prejudica a autoestima de homens e mulheres. Na vida profissional, a hiperidrose pode interferir na capacidade de desempenhar determinadas funções, como manusear papéis e objetos delicados. Por isso, a maioria das pessoas recorre ao procedimento cirúrgico para aliviar a sensação de incômodo.

Formas de tratamento para a hiperidrose

Existem várias opções de tratamento para a hiperidrose. A escolha dependerá da gravidade da condição, da localização do excesso de suor e das preferências do paciente. Confira as principais alternativas:

Simpatectomia torácica: não é considerada uma cirurgia complexa, feita por videotoracoscopia. Ela é realizada sob anestesia geral e através de dois cortes de 5 mm de cada lado do tórax. Por um dos cortes introduzimos um pequeno tubo, uma microcâmera e outros instrumentos cirúrgicos. A altura do corte da cadeia depende do local a ser tratado, como as mãos ou as axilas.   

O resultado pode ser reparado assim que o paciente acorda da anestesia e, em média, a alta ocorre após 24 horas.

Toxina botulínica: aplicada por meio de injeções, diminui a ação do nervo que estimula a sudorese. A duração de seus efeitos varia de 8 a 10 meses e, em alguns casos, pode até ultrapassar um ano. Ela passa a agir aproximadamente 15 dias após a aplicação.

Laser: algumas técnicas realizadas com a energia luminosa diminuem o tamanho das glândulas sudoríparas e, consequentemente, a sudorese.

Drogas sistêmicas: há medicamentos de uso oral que visam diminuir a produção de secreções pelo corpo, por meio do controle do Sistema Nervoso Simpático, responsável por estimular as glândulas sudoríparas a produzir suor. Entretanto, eles diminuem também a quantidade de lágrima, urina e saliva.

Caso o suor excessivo esteja relacionado a problemas mais graves ou disfunções da tireoide, é preciso antes tratar suas causas para depois investir em formas de aliviar os sintomas. Além de tratar a parte física, lembre-se também da emocional caso o suor seja de origem psicológica

É possível gerenciar a sudorese excessiva e viver uma vida confortável e plena. O cirurgião torácico, Dr. Caio Sterse, está disponível para ajudar os pacientes a encontrar a melhor opção de tratamento e ajudá-los a viver uma vida sem limitações. Agende uma consulta!


Leia também:

O que é um Cirurgião Torácico e quais são as condições médicas que eles tratam


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